quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu sou +1

É lamentável a alegação de algumas pessoas de que não votarão na Marina Silva porque perderão seus votos, uma vez que ela não teria condições de ganhar.

Acho que essas pessoas ainda não compreenderam a dinâmica das eleições. Eles votam como quem joga na loteria, participa de um bingo ou faz uma aposta em um carro de corrida.

Não tenho dúvidas, ainda que a Marina não seja eleita, ela terá introduzido no âmbito nacional uma pauta de discussões das mais importantes e necessárias para esse momento histórico.

A proposta da Marina, centrada no cuidado com o meio ambiente, desenvolvimento sustentável e educação – isso sem falar na postura ética de fazer política, percebido na sua própria vivência – constitui o conteúdo mais relevante dentre todos os temas levantados e expostos pelos os candidatos.

E considerando o que os outros têm a dizer, podemos afirmar que Marina é o meio termo, o ponto de equilíbrio, a síntese sensata que propõe preservar sem frear o crescimento econômico e o desenvolvimento do país.

As propostas da candidata verde devem ser avaliadas a partir de sua vida, seu estilo de campanha e sua total rejeição às barganhas políticas, mesmo que isso conduza sua candidatura a um caminho mais penoso que as dos outros presidenciáveis.

Assim como em toda a sua carreira, agora ela permanece sem alianças espúrias, sem se vender, enfim, ela não se prostituiu ideologicamente para poder trilhar os caminhos mais fáceis da política.

Ser eleita é seu objetivo, mas isso deverá ocorrer como resultado de uma campanha ética, responsável e, por si só, relevante.

É com essa percepção que, convicto de que tal candidatura é o reflexo dos sonhos de um coração íntegro, que não temo perder meu voto! Muito pelo contrário, acontece o que acontecer, ele estará registrado lá nas urnas como mais um que escolheu, muito além da candidata Marina Silva, uma agenda política condizente com as necessidades do mundo no século 21.

Assim sendo, é com prazer que repito: EU SOU + 1

Humberto Ramos

www.visaointegral.blogspot.com

sábado, 3 de julho de 2010

O presbiteriano que virou o protestantismo pelo avesso





Derval Dasilio

Para a América Latina, o Espírito de Deus escolheu Richard Shaull. A revolução teológica no protestantismo brasileiro se inicia. Em 1966, Shaull foi “removido” do Brasil pela Missão Central, ou Missão Presbiteriana no Brasil, ambas remanescentes da “Foreign Missions”, que o trouxe para a América do Sul em 1942, sob a influência do extraordinário John Mackay. Mas nossa história procura outro ambiente, se bem que esquecido. Meu primeiro contato com o ministério de Shaull aconteceu enquanto trabalhava numa siderúrgica recém-fundada em Ipatinga (MG). Um ex-seminarista de Campinas, IPB, antes do Golpe de 31 de março, falava-me de um pastor que fermentava a educação teológica presbiteriana na direção de uma “revolução cristã teológica” no Brasil. Era Richard Shaull.

Comendo tutu com torresmo e outras coisas gostosas, cometendo pecados imperdoáveis contra o calvinismo dogmático ao sabor da culinária mineira, fui ler “Alternativa ao Desespero”, que ainda encontro nas mãos de muitos jovens hoje. O que mais marcou minha memória de jovem batista prisioneiro do fundamentalismo evangélico foram as greves contra o capital estrangeiro na Usiminas antes do golpe militar de 1964. Vi colegas assassinados ou presos sob o pretexto de manutenção da segurança da siderúrgica – mas eram líderes operários militantes, tão somente. Vi trabalhadores fazendo piquete nos portões da fábrica, e os vi mortos a rajadas de metralhadora, às dezenas, sem uma chave de fenda para defenderem-se.

Lembro-me dos assassinatos de sindicalistas dentro das cercas de aço da siderúrgica. Eu era “apenas um garoto latino-americano” crente, alienado, perplexo diante de algo que não era explicado dentro da igreja. Diziam-me que fé e política nada tinham a ver com a igreja; que o problema da salvação resume-se na luta contra um mundo maligno sobrenatural extraterreno. A conversão abstrata, exigida em todos os dias, livrar-me-ia do inferno, do diabo e seus anjos. Os fatos, porém, revelavam-me outra coisa: o fogo das fornalhas na siderúrgica era insignificante diante do inferno e dos demônios da ditadura militar apoiada pela sociedade civil brasileira, a partir dos bem-postos e privilegiados. Minha experiência, numa palavra: perplexidade. O protestantismo estava a seu lado! Deu no Brasil Presbiteriano...

Foi assim que descobri Richard Shaull. Minha fé sobreviveu. Jesus Cristo fala aos oprimidos, disse-me o pastor. Abandonei meu emprego, fui para o seminário estudar teologia com presbiterianos. E o que descubro? A relevância da fé diante da política, economia e sociedade corrompidas. Compromisso cristão diante de profundas desigualdades existentes, no Brasil e América Latina. Tenho até hoje exemplares de livros teológicos desse tempo: “América Hoy”, “Ética en el Contexto Cristiano”, e depois “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire, entre tantos que Shaull nos ensinou a ler. Não fui diretamente seu aluno, pois ele fora expulso do Brasil. Mas fui instruído por seus discípulos ou companheiros. Joaquim Beato, Claude Labrunie, Breno Shumann ensinaram-me a ler a Bíblia em contexto ético, político e social. Jovens pastores como Rubem Alves e Jacy Maraschin passaram por lá, ensinando. E Jaime Wright nos apoiando. Estudos Brasileiros, Antropologia Cultural, Teologia Ecumênica e Política, inovações no ensino teológico, eram ministrados por Waldo César, Jether Ramalho, Esdras Borges. Todos discípulos de Richard Shaull.

A juventude protestante brasileira foi tomada pela hermenêutica libertária: teologia da libertação. Mas aí já era o tempo de Medellín e Puebla, dentro do catolicismo. Shaull também não permitiu a invasão da aculturação teológica europeia. Interessava-lhe, sim, Karl Barth, estudioso dos dogmas eclesiásticos, e Bonhoeffer, o mártir da igreja cristã engajada sob o totalitarismo nazista. A “teologia dentro das grades” clamava por uma teologia da libertação.

Pois bem, Shaull voltou para a aula inaugural da Faculdade de Teologia que recebeu seu nome em 2002. Sua coragem profética nos contagiava com o último curso ministrado em vida, acompanhado pelo fiel editor e pesquisador de sua teologia, Waldo César. O protestantismo brasileiro diante do desafio pentecostal: o reino de Deus pelo oprimido, a massa do cristianismo pobre, latino-americano. O protestantismo histórico ainda busca as elites, desde que chegou. Ignora o pobre.

Richard Shaull, na grande caminhada teológica, deixou-me algumas frases maravilhosas no último e-mail que trocamos antes de falecer (outubro de 2002). Uso a frase do neto de Hemingway: “Ele ainda toca as pessoas de um modo que a maioria dos escritores apenas sonham fazer”. O que a teologia deve a esse gigante espiritual ainda está por ser dito. Ele ensinou a perguntar: “Onde te vimos, Jesus?” (Mt 25) e a tentar ouvir o Evangelho.


• Derval Dasilio é pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil. www.derv.wordpress.com

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Que estou fazendo se sou cristão?


Que estou fazendo se sou cristão?
Se Cristo deu-me total perdão?
Há muitos pobres sem lar, sem pão.
Há muitas vidas sem salvação.
Meu Cristo veio pra nos remir:
o homem todo, sem dividir.
Não só a alma do mal salvar,
também o corpo ressuscitar.

Há muita fome no meu país,
há tanta gente que é infeliz!
Há criancinhas qe vão morrer,
há tantos velhos a padecer!
Milhões não sabem como escrever,
milhões de olhos não sabm ler,
nas trevas vivem sem perceber
que são escravos de outro ser.

Que estou fazendo se sou cristão?
Se Cristo deu-me total perdão?
Há muitos pobres sem lar, sem pão.
Há muitas vidas sem salvação.
Aos poderosos eu vou pregar,
aos homens ricos vou proclamar
que a injustiça é contra Deus
e a vil miséria insulta aos ceús.

in Temos Esperança. Reflexões sobre o livro de Apocalipse. ATIENCIA, Jorge. MACHADO, Ziel. São Paulo: ABU Editora, 2004. pg. 82- Hinário para o culto cristão

sábado, 22 de maio de 2010

"A vitória da igreja é mais do que aumentar o número de membros, ampliar o prédio, comprar novos instrumentos, incorporar tecnologia, fazer uso dos meios de comunicação, colocar evangélicos no poder, organizar marchas, é ainda mais do que batalha espiritual. É lutar com toda armadura da fé para derrotar os males internos e externos que rodeiam as igrejas, é enfrentar os poderes opressores que enganam e escravizam os seres humanos."

ATIENCIA, Jorge; MACHADO, Ziel. Temos esperança:Reflexões sobre o livro de apocalipse. pg. 32. São Paulo: ABU Editora, 204.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dame Tus Ojos

Dame tus ojos quiero ver
Dame tus palabras, quiero hablar
Dame tu parecer

Dame tus pies, yo quiero ir
Dame tus deseos para sentir
Dame tu parecer

Dame lo que necesito
Para ser como tu

Dame tu voz, dame tu aliento
Toma mi tiempo es para ti
Dame el camino que debo seguir
Dame tus sueños, tus anhelos
Tus pensamientos, tu sentir
Dame tu vida para vivir

Déjame ver lo que tu vez
Dame de tu gracia, tu poder
Dame tu corazón
Déjame ver en tu interior
Para ser cambiado por tu amor
Dame tu corazón

quarta-feira, 5 de maio de 2010

RESENHA


FRESTON, Paul.

Neemias: um profissional a serviço do Reino.

ABU Editora.

Esse livro fala sobre como ter a visão do Reino de Deus e estar firmado na ética dEle, leva o profissional cristão à disposição de arriscar status e seus privilégios e a assumir suas responsabilidades sem fazer pouco caso dos assuntos seculares.

O autor parte das histórias de Moisés, José, Daniel, e destacando a singularidade da vida de Neemias. Esse, um modelo de “estilo de vida simples” que se auto designou e claramente se via chamado como enviado de Deus, não por experiência mística, mas por leitura da palavra de Deus e oração. Ele combinou devoção com organização e ação. Baseiou-se nas promessas de misericórdia de Deus e não nos seus próprios méritos. Antes de tudo, buscou a lealdade a Deus e ao seu povo escolhido.

Neemias foi um expositor que levou a sério o texto e contexto bíblico e o contexto contemporâneos dos ouvintes. Freston, com esse livro, incomoda o comodismo e o conservadorismo dos cristãos brasileiros, dado que na se pode dizer “o Senhor abençoará o Brasil por amor dos evangélicos brasileiros”, até que esses se empenhem em agir como mordomos da coisa pública.

terça-feira, 4 de maio de 2010

"The ancient sage"


Lord Tennyson

"Nada digno de prova pode ser provado,
Nem refutado; então seja sábio,
Apegue-se sempre ao lado mais ensolarado da dúvida."

In. ALISTER, M. Como lidar com a dúvida:Sobre Deus e sobre você mesmo. pg. 26. Viçosa. Ultimato, 2008.

domingo, 2 de maio de 2010

"Má sorte? Boa sorte?Quem pode dizer?"

Uma antiga história chinesa:

"Um velho fazendeiro...tinha um velho cavalo para cultivar seus campo. Um dia o cavalo fugiu pelas florestas e quando todos os vizinhos do fazendeiro se solidarizavam com ele por causa de sua má sorte, o fazendeiro respondeu:
Má sorte?Boa sorte?Quem pode dizer?
Uma semana mais tarde o cavalo voltou das colinas acompanhado por uma manada de cavalos selvagens e desta vez os vizinhos cumprimentaram o fazendeiro pela sua boa sorte, ao que ele respondia; Boa sorte?Má sorte?Quem pode dizer?
Então, quando o filho do fazendeiro estava tentando domar um dos cavalos selvagens, caiu e quebrou a perna. todo mundo julgou isso péssima sorte. Não o fazendeiro, cuja única reação foi: Má sorte?Boa sorte? Quem pode dizer?
Algumas semanas mais tarde o exército marchou sobre a cidadezinha e recrutou todos os jovens aptos que encontravam. Quando viram o filho do fazendeiro com a perna quebrada, foram logo deixando-o de lado.
Agora, isto foi boa sorte?Má sorte?Quem pode dizer?"

Fonte: FRESTON, Paul. Neemias um profissional a serviço do Reino. pg.80. São Paulo. ABU Editora, 2003.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O evangelho integral para o homem na sua integralidade

Por Cácio Silva


Jesus nasceu em Belém da Judeia, cumprindo assim a profecia de Miqueias, entretanto, foi criado em Nazaré e fixou residência em Cafarnaum, ambas cidades da Galileia. Iniciou o seu ministério em Caná da Galileia e encerrou em um certo monte da Galileia. Mais da metade do seu ministério foi desenvolvido na Galileia e dos seus doze discípulos, onze eram daquela região. O único da Judeia era Judas, aquele que o traiu, cujo sobrenome, “Iscariotes”, significa “homem de Keriote”, uma pequena cidade ao sul de Hebrom. Seria isto uma mera coincidência? Seria por falta de opção ou porque as famílias de José e Maria eram dali?

Nos tempos do Novo Testamento, Israel era dividido em três regiões principais. No centro estava Samaria, habitada por um povo miscigenado (de raça mista) e sincretista (de religião misturada), odiado pelos judeus. No sul estava a Judeia, região nobre, onde ficava o templo, o sinédrio, os principais mestres da lei, as melhores faculdades, as pessoas mais ricas e influentes. Ali estava Jerusalém, onde aconteciam as concorridas festas judaicas, e outras influentes cidades como Jericó, Hebrom e Cesareia. No norte estava a Galileia, região dos pobres, iletrados, menos privilegiados, simples pescadores, trabalhadores braçais, gente desprezada e menosprezada, marginalizada e motivo de chacota para os importantes habitantes do sul. É por isto que quando alguém mencionou que Jesus era da Galileia os líderes religiosos logo retrucaram: “Da Galileia não se levanta profeta”. Natanael também questionou: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46)

David Bosch, o conhecido missiólogo sul-africano, chama-nos a atenção para a ênfase dada por Lucas ao ministério de Jesus entre os carentes. Para ele, o paradigma missionário de Lucas é “a prática de perdão e a solidariedade com os pobres”. Em Lucas 4.18-19 Jesus se levanta em uma sinagoga da Galileia e proclama em alto e bom tom: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” (LC 4.18). Observe as classes que Ele cita: pobres, cativos, cegos e oprimidos. O Mestre
da Galileia estava citando Isaías 61.1-2 e parte do 58.6. O “ano aceitável do Senhor” neste texto refere-se ao “ano do jubileu”, de Levítico 25. Tratava-se de uma lei estipulada por Deus, que contemplava principalmente os pobres de Israel. Era observada a cada quarenta e nove anos, quando três coisas aconteciam: 1) todos os escravos judeus eram libertos; 2) todas as dívidas eram perdoadas; e 3) toda a terra descansava da semeadura naquele ano. Cristo estava dizendo que o seu ministério contemplava de forma especial os carentes.

Creio, portanto, que a dedicação de Jesus aos carentes da Galileia não foi por acaso. Como escreveu o missiólogo equatoriano René Padilla, ele fez opção pela Galileia. Viveu ali deliberadamente. O porto-riquenho Orlando Costas, considerado o primeiro missiólogo latino-americano, chama Jesus de o “evangelista da periferia”. Mas, às vezes, o Cristo que pregamos parece mais um alto executivo metropolitano do que “um homem de dores e experimentado no sofrimento”. Até que ponto temos seguido o seu exemplo dele?

[Continua]

Cácio Silva é pastor presbiteriano e missionário da Missão AMEM/Projeto Amanajé, juntamente com sua esposa Elisângela, entre indígenas na Amazônia.


Fonte: Blog Ultimato

domingo, 18 de abril de 2010

amando a mim mesmo













amando a mim mesmo

quando eu te amo mais
do que amo a mim mesmo
na realidade estou te amando menos

amando a mim mesmo menos que a ti
eu torno mais difícil
o teu amor por mim

o teu amor por mim
depende grandemente
do amor que tenho por mim mesmo

-Ulrich Schaffer


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Livro levanta perfil participativo do jovem brasileiro

Ao contrário do que diz o senso comum que o jovem é alienado, não gosta de política e não valoriza a família, uma pesquisa realizada pelas sociólogas Miriam Abramovay e Mary Castro, com cerca de dois mil brasileiros entre 15 e 29 anos, mostrou o oposto. Elas lançaram no dia 17/11, no Rio de Janeiro, o livro “Quebrando Mitos: juventude, participação e políticas”, que traçou de forma minuciosa o perfil dos jovens que participaram da Conferência Nacional para a Juventude, ocorrida em Brasília entre os dias 27 e 30 de abril do ano passado.

Para a pesquisadora Miriam Abramovay, a pesquisa derrubou três mitos importantes. O primeiro: de que o jovem é alienado. O segundo: de que ele é egoísta e consumista. E, por último: de que ele não se preocupa com o próximo, sobretudo a “instituição” família. “O diálogo entre jovens e adultos é difícil. Devemos olhar para eles com mais atenção porque a população brasileira está envelhecendo e nunca teremos tantos jovens como agora no Brasil”, comentou.

A instituição em que os participantes da Conferência Nacional de Juventude mais confiam é a família (68,3%), sendo que aparece com o mais baixo nível de confiança (1,5%) o Congresso: a Câmara dos Deputados e o Senado. Em relação à legalização das drogas, a pesquisa indicou que 43,2% são totalmente contra e 15,6% são a favor.

Sobre as percepções a respeito da política de cotas: 61,4% são a favor ou completamente a favor, e 26,6% são contra ou completamente contra e 9,2% são indiferentes a tal questão. Em relação à união civil entre pessoas do mesmo sexo: 33,9% indicaram que são completamente a favor e 16,2% como completamente contra, e contra 7,6%, sendo que 18,2% dos entrevistados foram indiferentes quanto ao tema.

A pesquisa trouxe que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estão distantes dos jovens. Segundo a pesquisadora Mary Castro, um dos motivos para descrença, além de casos de corrupção, é a demora na aprovação das propostas de interesse dos jovens no Congresso.

Metodologia utilizada - Para realizar o estudo, as sociólogas Mary Castro, professora da Universidade Católica de Salvador (UCSAL), e Miriam Abramovay, coordenadora de pesquisa da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA), aplicaram 1854 questionários, realizaram 30 grupos focais e entrevistaram 280 representantes de entidades diversas, como a Centra Única das Favelas (CUFA) e a União da Juventude Socialista, movimento negro, LGBT, movimentos feministas, quilombolas, jovens sindicalistas, jovens da área rural, comunidades indígenas, religiosos, hip-hop, entre outros.

As pesquisadoras traçaram um perfil sócio-demográfico e político-institucional desses jovens, que inclui a percepção deles sobre temas como maioridade penal, união civil entre pessoas do mesmo sexo, legalização do aborto, segurança pública, as percepções sobre problemas do Brasil, as bandeiras para políticas de juventude em diversas áreas como trabalho, educação diversidade, dentre outros.

Lançamento - A solenidade de lançamento ocorreu no Palácio da Cidade e contou com a participação de autoridades ligadas à área da juventude, pesquisadores e professores. O superintendente estadual de juventude do Rio de Janeiro, Rodrigo Abel, ressaltou a importância do trabalho e que a pesquisa possui dados valiosos para se conhecer mais o perfil do jovem brasileiro. “Por meio desse levantamento, podemos compreender melhor os anseios e desejos dessa parcela da população e que por muito foi esquecida pelas políticas de governo”, comentou.

O secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, Danilo Moreira disse que a pesquisa teve todo o apoio da Secretaria, pois o trabalho é muito importante ao retratar sem estereótipos o perfil do jovem engajado. “Por meio desse levantamento conhecemos melhor os anseios e desejos da juventude, sobretudo nas questões sociais”, disse Moreira.

A representante da sociedade civil do Conjuve, Marina Ribeiro, disse estar otimista com a pesquisa, sobretudo com a quebra dos mitos que tratam o jovem como alienado e alheio às causas sociais. “Esse trabalho demonstra que existe uma juventude atuante preocupada em contribuir com a melhora das condições sociais e os rumos do país”, afirmou.

O coordenador municipal de Juventude do Rio de Janeiro, Igor Bruno, ressaltou a importância da pesquisa que desmistifica a imagem do jovem como um alienado. “O trabalho mostra que existe uma juventude engajada, militante, politizada e ciente de seus direitos”, ressaltou.

A pesquisa é resultado de parceria entre a Secretaria Nacional de Juventude, por meio de seu Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), e a Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA).

Os interessados em obter o livro com a pesquisa deverão entrar em contato com o Conselho Nacional de Juventude por meio do email: conselho.juventude@planalto.gov.br

Para receber um exemplar é necessário o envio do nome completo da pessoa ou instituição, constando o endereço completo, com CEP e o número de exemplares desejados.

Fonte:http://www.planalto.gov.br/evento/boletim_juventude/2009-12-04/04122009_not2.htm

Hã?!


Que "tipo" de cristão eu sou?Essa foi "a" pergunta.
Cresci na Igreja, e um dia tudo passou a fazer sentido pra mim... O amor de Deus por sua criação, a depravação dos homens, a misericórdia do Pai, a redenção, e adoção eterna, enfim, a aliança de Deus para com os seus. Mas acostumada a não questionar/buscar sentido para as tradições tentei seguir em frente, com mais alegria, mas simplesmente em frente. Isso não dá mais!
Jesus reconciliou com o Pai todas as coisas, e reconciliada, posso viver sabendo porque nasci, o que estou fazendo aqui e para onde vou!Sendo assim, a vida não pode seguir os padrões burgueses, apenas com um toque de religiosidade. As ambições de um cristão são ambições do reino de Deus e sua justiça, não egoístas desejos desaventureiros.
Cristo nos dá vida de verdade, vida eterna!Não dá mais pra ser reativo à tudo e a todos, não dá pra conformar com coisas injustas. Há esperança, e quero caminhar por ela!
Nesse acampamento de feriado do carnaval, a questão posta foi a respeito de nosso compromisso. Aleluia, o compromisso de Deus pra conosco!!!Mas e o nosso, em correspondência a Ele? Se o amo não devo ter medo de me compromissar. E o compromisso é um privilegio, uma necessidade e um desafio.
Lembro-me da canção:"Leia a Bíblia e faça oração, se quiser crescer...". Numa das músicas mais simples que aprendi, eis a saúde da caminhada cristã. Mais, a quantos detalhes tão importantes não tenho atentado? Preciso decidir prosseguir em amor. O amor não é um sentimento, um ardor e impulsionador passageiro, mas atitude!
A atitude de Deus para conosco relata a mais linda história de amor, fato cabal, a reconciliação, o sonho do Pai, que está na vida, morte e ressureição de Jesus. E nós, nós proclamamos com nossas bocas que Jesus é o Cristo e pela graça do Pai somos adotados e reconciliados pra sempre. E sempre, recebemos do Espírito que nos atrai a Deus, para sermos fortalecidos e desenvolvermos a salvação, honrando o seu nome.
Ah, quanta paciência Deus tem pra conosco, indignos. "Suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos".Com a certeza da vida eterna, devo agora viver segundo essa esperança! Reconheço que tenho sido hipócrita, tímida, medrosa e deixado coisas que não me pertencem mais me assombrar. Que bom encontrar o colo do Pai pronto a me disciplinar, por me querer mais perto. E perto, é onde eu preciso estar, lá é o meu lugar!
Porque Ele nos ama, podemos amá-lo. E por Ele se revelar a nós, podemos conhecê-lo. Preciso "decidir firmemente" serví-lo e me expor! Pois, agora, o "auditório da minha vida" é Ele!
Obrigada Senhor por não nos deixar perecer, nem nos esquecer de quem Tu és e de quem somos em Ti!Com temor, quero seguir e ser parecido contigo, reconhecendo que Teu e o domínio e que necessito de Ti a cada momento! Meu sustento,minha identidade agora está em Ti! Viva a Verdade! E na Tua graça, viveremos!!!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Isto é que é notícia, e em Pouso Alegre!

Prefeito veta aumento do próprio salário

O Prefeito Agnaldo Perugini vetou o aumento de 4,11% concedido pela Câmara de Vereadores aos salários do prefeito, vice-prefeito e secretários. O reajuste fora aprovado em sessão extraordinária ocorrida na última quinta-feira, 28.

Segundo a Câmara, a reposição dos subsídios do primeiro escalão da administração municipal estaria amparada na Resolução 1063/2008, devendo ser realizada anualmente no mês de janeiro, a alíquota de reposição é definida pelo INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor) que, em 2009, ficou acumulado em 4,11%. O Projeto de Lei concedendo os subsídios foi de iniciativa da própria Câmara de Vereadores e foi aprovado por nove votos.

Perugini, na manhã desta quarta-feira, vetou o aumento salarial. O parecer que sustenta o veto está amparado no artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual regulamenta que remunerações e subsídios pagos a servidores públicos somente podem ser alterados através de revisão geral anual, sempre na mesma data. O entendimento da administração municipal é que a revisão deve ser feita na data base da prefeitura, ou seja, no mês de abril.

Com o veto, a remuneração do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais permanece congelada, os salários dos vereadores, porém, não são afetados pelo veto e deverão ser reajustado em 4,11%, acompanhando o INPC.

"Estamos mudando a maneira de encarar a coisa pública. No nosso ponto de vista, todos devemos entender a situação econômica da prefeitura e colaborar, criando condições para a realização das obras que a cidade tanto quer e precisa. Eu e minha equipe estamos fazendo a nossa parte", afirma o prefeito.

Extraído de: Prefeitura Municipal de Pouso Alegre - 04 de Fevereiro de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Cultura PARA TODOS!



Morar em Juiz de Fora(cidade litorânea rsrs) é bom também por oferecer vários "oportunidades culturais". Dentre as que participei, mais que isso, direitos às pessoas.j Julgo importante e um privilégio divulgar o trabalho da ONG Escola de Gente. Pioneira na oferta de espetáculos acessíveis, através do grupo Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização pela Diversidade inova na temática e nos recursos (audio-descrição para pessoas cegas, legenda eletrônica e interprete de Libras para pessoas surdas).
Foi animador ver que é possível o cumprimento das leis que visam o acesso da cultura a todos, e a colocação do tema inclusão despido de preconceitos. Também saí do teatro provocada a lutar para que a inclusão se realize...
E essa luta já começou:Em seis anos de existência, Os Inclusos e os Sisos já se apresentaram para mais de 30 mil pessoas, realizando 115 espetáculos em 20 cidades de 13 estados de todas as regiões do Brasil. Formaram platéias com um olhar inclusivo em escolas públicas, teatros, empresas, comunidades populares, eventos e fóruns de políticas públicas. Em 2007, o grupo passou a integrar a Rede Latino-americana de Arte para a Transformação Social, apoiada pela Fundación Avina.

Quando tiver uma oportunidade, não perca!

Conheça mais em:

http://www.youtube.com/watch?v=S4KbmVCeLxQ&feature=player_embedded

www.escoladegente.org.br

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Profissão de fé ao vivo e a cores


Os jovens que nasceram em lares cristãos enfrentam uma dicotomia entre a religiosidade e a religião. Muitas vezes, apreendemos tradições e não os valores, e consequentemente nosso mundo fica restrito a algumas alternativas temporárias.
Quando as mudanças vão chegando... e nos vemos em um locus diferente, é hora de sair do lugar de conforto. E como isso doí, assusta, mas é uma oportunidade incrível de provar que o tesouro recebido na infância se aplica a qualquer circunstância.
Pra mim, sair de casa, mudar de cidade, ir pra faculdade, foi, e é, uma profissão de fé* na sua versão ao vivo e a cores.
Tem sido muito precioso lidar com situações tão diferentes(algumas pelas quais ansiava muito, outras supreendentes) e ter de responder a cada um. O desafio é voltar ao Criador, e para além das tradições, redescobrir o sentido das coisas.
Ah... o Criador!!!Ele mesmo. Como pude por tanto tempo rotulá-lo?Marcar horário?Crer em meus sacrifícios?Pois é Ele mesmo quem nos atrai e o seu amor é irressistível.
Religião, significa relligare! No sentido de religar, trazer sentido e vida. Não podemos justificar uma porção de práticas aprendidas desde a infância sem sentir o gosto de sua essência.
E que gosto tem tudo quando retornamos ao Criador! Sou feliz porque Deus não me deixa esquecer quem Ele é e quem eu sou nEle!Também por ter me mandado para uma cidade que tem proporcionado muitas amizades, amizades de alma.
Viver a Verdade é necessário!Viver a verdade custou um preço, preço de sangue. Jesus viveu, morreu e ressuscitou para que tenhamos viva nEle eternamente! Mas essa começa aqui, e não podemos conformar com uma vida medíocre.
Quanto amor e paciência tem o Criador para conosco homens egoístas, perversos? Sem medida! Que aproveitemos nosso tempo sendo lapidados - porque somos um tesouro para Ele - para viver segundo os valores do Reino e sua Justiça, enquanto descansamos nEle mesmo todas as outras coisas.

Profissão de fé: nas minhas palavras, é uma prática da Igreja Presbiteriana para recebimento de membros após tempo de estudo profundo das doutrinas e de aprovação no Conselho local (formado por presbíteros). Tem significado de uma aliança que a pessoa faz para com Deus e com a comunidade local, recebendo então direitos e deveres para com todos.